Resenha: Vale do Arco-Íris, Anne de Green Gables #7

Gente, como a leitura de Vale do Arco-Íris foi gostosa! 😍

Esse é o 7 volume da série de Anne de Green Gables e, falando bem a verdade, eu achei que agora que os livros não são mais protagonizados pela Anne, os últimos livros seriam bem chatinhos.

(Caiu de paraquedas nessa resenha e não sabe por onde começar a ler os livros? É só conferir nosso guia dos livros de Anne de Green Gables!)

Mas, pelo contrário: aqui temos novos personagens muito interessantes, realmente “do povo que conhece José”.

Em Vale do Arco-Íris acompanhamos os desafios de novos personagens que se mudam para Glen St. Mary, e se tornam amigos da família Blythe.

Conhecendo os filhos de Anne

Apesar de ainda ser um livro da série de Anne de Green Gable, nem os filhos de Anne ganham muito destaque em Vale do Arco-Íris. Mas achei que vale a pena lembrar de quem são eles, já que cada um tem um carisma diferente.

• Jem (James): o filho mais velho que nasceu na Casa dos Sonhos. Ele já está grandinho, então já está quase saindo de casa. É bastante responsável e sabe fazer de tudo um pouco.
• Walter: o filho mais poético de Anne. Adora ler e inventar histórias, e tem 1 ano a menos que Jem.
• Nan (Anne): uma das gêmeas, que se parece mais com o pai (cabelos e olhos castanhos).
• Di (Diana): a outra irmã gêmea, que se parece mais com Anne (cabelos ruivos e olhos verdes).
• Shirley: o menininho mais mimado pela Susan.
• Rylla (Marilla): a mais nova

Nan e Di são literalmente almas gêmeas, assim como Anne e Diana se consideraram durante toda a vida 💙.

Um encontro com novos personagens

Aqui nos encontramos com um bocado de novos personagens que moram próximos de Ingleside, a casa de Anne. Cada um tem seu jeitinho e sua própria história para ser contada.

Uma parte dos novos personagens é a nova família que se muda para a casa ministral. O novo ministro da igreja, que é viúvo, tem 4 filhos, mas vive no mundo da lua.

Por causa disso, ele e seus filhos não recebem os cuidados que mereciam. E isso causa muita fofoca na cidade!

Se fossem apenas fofocas, tudo bem. Mas nesse caso, a falta de senso e educação dos filhos pode prejudicar o emprego do pai, por mais que eles não saibam disso (pelo menos no início).

(Mas também não dá para dizer que aquele pessoal todo não gosta de inventar umas fofocas, né!)

Quem recebe mais destaque entre os familiares é a filha mais velha, Faith Merith, que, por suas ideias “para solucionar tudo”, acaba se metendo em mais e mais encrencas. Ela é uma menina muito fofa e decidida, mas ainda também muito insegura do que é o certo e o errado.

Outra personagem que ganha bastante atenção é Mary Vance. Ela é uma órfã encontrada em um celeiro pela família Merith, depois de fugir de sua antiga “família”.

Família? Que nada, a menina foi adotada apenas para servir, mesmo com apenas 12 anos, e sofria muito (psicologicamente e fisicamente) na antiga casa.

Mas ela não pode fugir para todo sempre, então o que será dela?

Mais do que ninguém, Anne sabe o que é ser uma órfã. Não vê nenhuma maldade na menina, então faz votos para que ela encontre também uma boa casa assim como ela.

O que eu achei da leitura

Vale do Arco-Íris é uma leitura muito dinâmica. Eu gostei muito que a autora conta a história de diversos personagens ao mesmo tempo, ao invés de se concentrar em uma só.

Diferente do livro anterior, Anne de Ingleside, aqui eu não senti falta do protagonismo de Anne, pois os personagens novos trouxeram uma nova visão e novas personalidades (além de, claro, as muitas trapalhadas das crianças).

Entre todos da série, Vale do Arco-Íris é um dos meus favoritos! E isso para mim é uma grata surpresa, já que geralmente, em séries grandes como essa, os livros finais acabam perdendo o tempero, né?