Broken Bonds é a fantasia adulta, com uma pitada de romance dark, harém reverso e fated mates que você nem sabia que precisava. Tem muita coisa acontecendo aqui, preparem-se!
Alerta: Leitura inclui muitos palavrões, sexo e violência.
Antes de tudo, digo que esta série testou o meu coração. Pelo romance e pelos surtos.
Broken Bonds trata-se de uma série de 6 livros, alguns deles uns senhores calhamaços, com até o momento apenas 2 publicados e 1 em pré-venda aqui no Brasil (mas que torço para termos todos traduzidos logo).
PS: Para os leitores de títulos em inglês, todos os 6 livros de Broken Bonds estão disponíveis na assinatura do Kindle Unlimited (Amazon).
Livro 1: Broken Bonds
Aqui conhecemos Oleander, uma moça que já passou pelos piores pesadelos que alguém poderia imaginar. Aos 14 anos, ela perde toda a sua família num acidente de carro, descobre que possui 5 (!!!) Vínculos a sua espera, porém ela desaparece pelos próximos 5 anos.
Opa, Vínculos?
Então, lembra que mencionei “fated mates”? Em Broken Bonds eles equivalem a almas gêmeas com uma conexão mágica. Pessoas destinadas a estarem juntas. E num mundo em que todos buscam pelos seus Vínculos na promessa de um “felizes para sempre”, não há traição maior do que abandonar o seu grupo.
O grupo
North, Nox e Gryphon não aceitam bem a situação. Gabe não sabe o que pensar. Contudo, Atlas só quer a chance de viver esse amor.
O que eles não sabem é que ela os está protegendo.
Após ser sequestrada, torturada e usada como arma pelo inimigo, Oli está fugindo há anos na esperança de ser esquecida. Mas seu próprio grupo de Vínculos a encontra e a traz (arrasta) de volta. Com um começo bem turbulento e tendo que mentir horrores sobre todo o seu passado, Oli definitivamente não começa com o pé direito.
” — P*rr* de vaca insensível.
Pois é, essa sou eu todinha.
Tão insensível que fugi das pessoas predestinadas a me amarem para tentar impedir o fim da m*rd* do mundo como conhecemos. Totalmente uma vaca maldita.”
Quase todos a odeiam. Dessa forma, passamos a odiar um pouco eles por nem cogitarem a possibilidade de uma adolescente ter um motivo para fugir de um hospital, se esconder dos membros mais próximos de uma família e viver sem rumo por anos. Gente, não é tão difícil assim ter empatia! (Porém, entre o rancor e alguns egos feridos por serem abandonados, esse bando de marmanjo peca um pouco nas suas ações.)
Que bom que temos uma série completa para ver as coisas darem certo 😅
Passei um bom tanto de raiva, mas eu prometo que existe uma “reabilitação” para estes mocinhos. Agora, tendo lido a série completa, sou apaixonada por todos 😂 (E olha que o caminho de remissão do Nox é especialmente longo, complicado, e muito bem trabalhado para não ser apenas uma “passada de pano” por todos os seus pecados.)
Acima de tudo, a escrita é envolvente, viciante, e os personagens foram construídos com diversas camadas de sentimentos e segredos. É impossível largar até sabermos tudo que está passando pelas suas cabeças! E criamos diversas teorias sobre seus passados.
E o romance entre a protagonista e 5 homens?
Temos um romance avassalador e extremamente complexo. Ou melhor, 5 romances, já que a Oli se envolverá com o North, Nox, Gryphon, Gabriel e Atlas. Mas eles não constroem um relacionamento romântico em si. Uma relação que envolve 6 pessoas, cumplicidade, medo, traumas, carinho, amizade e, claro, alguns hots.
Inclusive, fiquei sem fôlego em algumas cenas eróticas. Mas, eu considero “slow burn” (demora para se desenrolar) dado o tamanho da história. O primeiro livro mesmo, não tem quase nada.
“E aí também temos o pequeno fato de que não apenas Gryphon dorme na minha cama todas as noites, como também estou usando seu moletom nesse exato momento e chafurdando em seu cheiro como se fosse uma droga sem a qual eu vá morrer.”
Os clichês em Broken Bonds
Como se trata de 5 homens, também temos características bem diferentes e vários clichês aqui dentro.
Vemos “age gap” (diferença de idade) com o North, o mais velho do grupo. Com uma diferença de 10 anos da Oli, ele passa a ser seu guardião quando descobrem do acidente e que ela está sozinha no mundo. Mas, pelo amor de Deus, não interpretem isso aqui errado. Ele estava designado a cuidar dela até atingir a maioridade, não estava correndo atrás para reivindicar (sexualmente) uma adolescente.
Temos o tão amado “enemies to lovers” (inimigos que se apaixonam) com o Nox. Embora este aqui leva vários livros para acontecer. Quase tive uma úlcera por causa dele. Ah, ele também é professor dela…
PS: North e Nox são irmãos. Sim, soltei essa bomba.
Um “friends to lovers” (amigos que se apaixonam) extremamente fofo com o Gabe e o Atlas. Sendo que o Atlas mesmo… é a personificação de um golden — aquele mocinho que corre atrás, que está sempre feliz só por estar perto, que faz surpresas e gestos românticos e te desmonta com um telefonema.
Por fim, o Gryphon. Ele é uma mistura de todos os anteriores com uma pegada a mais de soldado, por ser o responsável pelo time tático de operações.
Mencionei que temos uma guerra se aproximando? Pois é.
O romance dark é muito violento?
“Viro para olhar nos olhos de Nox, um desafio e uma demonstração de exatamente o quanto ele me subestimou, seu Vínculo, a quem ele deveria adorar e proteger.
Então, de uma vez, desencadeio os terrores e pesadelos dentro deles. Num piscar de olhos, noventa e dois homens e mulheres se contorcem em agonia.”
Ponto crucial para mim porque não sou a maior fã de romances dark no geral.
Para quem nunca leu nada do gênero, “romance dark” é um romance com um leque considerável de temas sensíveis que podem ser problematizados. Ou seja, indicado para leitores com maturidade para distinguir o certo do errado, analisar isso aqui como uma obra ficcional, e ter responsabilidade nos seus próprios relacionamentos.
Costumam envolver violência. Às vezes, dentro dos relacionamentos amorosos. Podem trazer cenas de humilhação. Tudo dependendo do quão longe a autora estiver disposta a chegar.
Na minha opinião, este aqui é leve.
Temos cenas violentas dentro do cenário de guerra, narrações explícitas sobre tortura, uma entidade/alter ego com sede de sangue que vive dentro da protagonista. Além disso, alguns momentos em que ela realmente é humilhada e tratada muito mal. Mas, considerando o núcleo romântico, não é nada comparado a maioria dos romances dark encontrados por aí.
E a fantasia em Broken Bonds?
Esse ponto fica a cargo dos poderes mágicos dos nossos personagens. Dessa forma, aqui você poderia nascer com a habilidade de manusear fogo, levitar objetos, teletransportar-se ou até criar barreiras invisíveis que bloqueiam os poderes dos outros.
“[…] quando passa por mim para entrar no meu quarto, noto seus pés descalços. Meu cérebro pode não estar funcionando por completo, mas compreendo uma coisa. Ele mudou de forma e correu até aqui.”
Claro que, dentro do nosso grupo de vínculos, temos os espécimes mais fortes e alguns deles possuem os poderes mais temidos da sociedade. Dessa forma, Atlas é indestrutível. Gabe pode se transformar em qualquer animal. Gryphon controla mentes. Os irmãos Draven são o equivalente ao bicho-papão, já que manipulam as sombras e as transformam em criaturas. E a Oli… bom, ela é um ser à parte, alguém que tem medo dos próprios poderes e que tenta escondê-los de todos com medo de represália.
Como eu disse, tem tanta coisa acontecendo neste livro que você termina a leitura zonzo e desesperado pelas continuações.
Particularmente, não gosto de livros que terminam com “cliffhanger”, finais com uma cena em aberto que te obriga a correr para o próximo, mas The Bonds that tie é a minha exceção.
A série The Bonds that Tie
A série The Bonds that Tie já está completa lá fora.
Ela é composta por 6 títulos (3 títulos em inglês, além de Broken Bonds). Todos disponíveis na assinatura do Kindle Unlimited, mas temos apenas 3 traduzidos no total até o momento.
Atualmente no Brasil, a responsável pelos direitos autorais é a Editora Cabana Vermelha, que publicou os primeiros dois títulos e confirmou o quarto para o segundo semestre de 2024.
Infelizmente, ainda sem data para os próximos, embora eu esteja torcendo para agilizarem com o processo para eu poder panfletar a história para os leitores que não leem em inglês.
Confira a ordem dos livros da série The Bonds that Tie (Vínculos que nos unem).
Sobre a Autora J. Bree
Australiana, amante de gatos, autora de fantasia e de romances dark, J. Bree já possui uma lista impressionante de publicações lá fora.
Sua série mais conhecida é The Bonds that tie (Broken Bonds e mais 5 livros), mas também escreveu Hannaford Prep (5 livros), Mounts Bay (2 livros), Queen Crow (3 livros), 3 romances individuais e, atualmente, está trabalhando em Mortal Fates (2 livros publicados até o momento e com previsão de mais 2 para o ano que vem).