Última parada é um livro lançado no Brasil em janeiro de 2022 pela editora Seguinte.
Ele é o segundo livro da autora de Vermelho, Branco e Sangue Azul, a Casey McQuiston. O primeiro livro foi um sucesso e muito se ouviu falar dele, mas confesso que ainda não li – resolvi começar a conhecer a escrita dela através do livro Última parada.
Quem é Casey McQuiston?
Casey McQuiston é uma autora americana na casa dos 30 anos, formada em jornalismo, que mora em Nova York com sua cachorrinha Pepper.
Sempre muito fã de comédias românticas, usou essa paixão para escrever seu primeiro livro Vermelho, branco e sangue azul, em 2019, que se tornou um best-seller mundial.
Atualmente Casey McQuinton tem mais 3 livros, Última Parada, do qual vou contar um pouco mais para você abaixo, Eu beijei Shara Wheeler e mais o The Pairing, que será lançado em 2024 (ainda sem título definido).
Um pouquinho da história de Última Parada
Última parada conta a história de August, uma garota de 23 anos que ainda está buscando encontrar seu lugar no mundo.
Ela se muda para Nova York depois de trocar de faculdade, coisa que ela faz com frequência, em uma busca por um lugar para chamar de lar e para fugir um pouco do passado que tem com a mãe.
Já na primeira página dei umas gargalhadas e percebi que iria adorar o livro, pois nela tem um anúncio de aluguel nada tradicional:
“Procuramos alguém jovem para dividir o apartamento 6F aqui
em cima, U$ 700/mês.
Tem que ser de boa com pessoas LGBTQIAP+.
Não pode ter medo de fogo nem de cachorro.
Proibido librianes, uma já é demais.
Ligar para Niko.”
Que tipo de lugar é esse que tem FOGO? Haha
E eu, que adoro astrologia, ri demais com o Proibido librianes, como se as pessoas fossem definidas apenas pelo signo. Esse anúncio já mostra um pouco sobre as pessoas com quem ela iria morar.
Neste apartamento moram 3 pessoas incríveis:
- Niko, um médium por meio período e péssimo barman no outro,
- a Myla, uma engenheira elétrica que virou artista e está fazendo uma escultura com ossos de sapo (Oi?),
- e o Wes, um tatuador mais noturno, introvertido e que tem um poodle chamado Noodles.
A dinâmica entre eles é super divertida e com as situações mais aleatórias possíveis.
Após decidir ir morar nesse apartamento, eles a levam para comer no Billy Panquecas, já que é quinta-feira e eles têm a tradição de sempre ir comer lá nesse dia.
Ela fica com um pouco de receio, mas logo percebe que não tem muito como fugir, pois eles são um pouco “expansivos”. Não como algo sufocante, mas como uma família que quer estar junto em alguns momentos e cuidar uns dos outros (primeiro sinal de que ali é um lar).
Com a ajuda de Myla, August arranja um emprego como garçonete no Billy Panquecas, o que é ótimo, pois ela precisa se bancar ali na cidade.
No primeiro dia de aula, August se arruma e, meio atrasada, corre para pegar o metrô. Ao entrar nele, tropeça, se derrama café e quem oferece ajuda é uma menina linda e estilosa, a Jane, que oferece um cachecol vermelho para que ela esconda um pouco a mancha de café.
Clichê? Sim! Mas é fofo igual.
Com o passar dos dias, a protagonista começa a perceber que sempre encontra a Jane no metrô.
Ela começa a observar que Jane sempre está alegre, ajudando as pessoas e sendo uma pessoa super divertida – bem ao contrário de August, que é uma menina tímida, introvertida e observadora.
É claro que ela se apaixona pela Jane, ainda mais com toda essa espontaneidade que ela tem!
August começa a sempre usar a mesma linha de metrô, nos mesmos horários, e aos poucos vai se aproximando da Jane.
Descobre que ela já trabalhou na Billy Panquecas, que gosta de músicas dos anos 70 e entre outras coisas. Até que um dia tem coragem e chama ela para ir em um barzinho, mas ela nega e diz que “gostaria de ir, mas que não pode”.
Se sentindo chateada, August começa a evitar usar a linha Q do metrô para não encontrá-la.
Até que um belo dia, ao chegar para trabalhar, nota umas fotos antigas do Billy Panquecas onde aparece Jane em uma foto da abertura da lanchonete há 45 anos, sendo que ela está igualzinha, não envelheceu nenhum ano!
August descobre que Jane na verdade está presa na linha Q de metrô, e que por isso sempre a encontrava, mas que na verdade ela pertence aos anos 70.
Com suas habilidades investigativas e com a ajuda dos seus amigos, ela busca entender o que aconteceu com Jane e como pode fazer para ajudá-la.
Não vou contar mais para não dar spoilers importantes da história.
O que achei de Última Parada
Muito bom, mas não pelo romance.
Última Parada é leve, divertido, fluido, tem muita representatividade de forma natural (sem aquela forçação de barra).
Mas, acredito que sem os personagens secundários ele seria um romance chato.
Gostei da protagonista, das questões que ela precisa tratar, de como se desenvolve, mas preciso dizer que ela não é tão cativante como os outros personagens. A autora nos faz querer morar no apartamento 6F para conviver e conhecer eles e o vizinho contador e drag queen.
Eu gostaria MUITO de participar das festas super divertidas que eles fazem, como o Brunch às 19h da família drag queen do Isaiah (o vizinho), o Natal em Julho, jogar o Bang de Rodinhas (uma corrida de cadeira de rodinhas para ver quem voa mais longe quando ela bate em um obstáculo) e, é claro, adoraria ir comer as panquecas na Billy.
Eu amaria ler um livro sobre o romance do Niko e da Myla, saber um pouco mais do Wes e adoraria ler sobre a história do Isaiah contador e da Annie Antidepressiva.
Acho que isso tudo faz com que o livro seja bom, mas fica esse ponto negativo de a protagonista não ser tão interessante e carismática quanto os demais.
Outro ponto que achei fraco foi a resolução do mistério de como a Jane está presa no metrô e como tirá-la dali. Super previsível. Então, novamente, se não fosse os outros personagens esse teria sido um livro clichê e meio chato.
Minha avaliação é de 2 estrelas para o romance, 5 estrelas para as demais tramas e personagens. No geral do livro uma nota 4 ⭐⭐⭐⭐.
Em breve lerei o Vermelho, branco e sangue azul, e farei uma resenha para contar para vocês um pouco mais sobre a escrita da autora.
Sinopse de Última Parada
Sinopse: Aos vinte e três anos, August Landry tem uma visão bastante cética sobre a vida. Quando se muda para Nova York e passa a dividir apartamento com as pessoas mais excêntricas ― e encantadoras ― que já conheceu, tudo o que quer é construir um futuro sólido e sem surpresas, diferente da vida que teve ao lado da mãe.
Até que Jane aparece. No vagão do metrô, em um dia que tinha tudo para ser um fracasso, August dá de cara com uma garota de jaqueta de couro e jeans rasgado sorrindo para ela. As duas passam a se encontrar o tempo todo e logo se envolvem, mas há um pequeno detalhe: Jane pertence, na verdade, aos anos 1970 e está perdida no tempo ― mais especificamente naquela linha de metrô, de onde nunca consegue sair.
August fará de tudo para ajudá-la, mas para isso terá que confrontar o próprio passado ― e, de uma vez por todas, começar a acreditar que o impossível às vezes pode se tornar realidade.