Agora é oficial, pessoal! Eu estou apaixonada pelos livros da Julia Quinn!
Logo eu que NUNCA gostei de romance de época! Um cavalheiro a bordo é apenas o terceiro livro que li dela, mas já estou encantada em níveis altíssimos.
Agora que já coloquei isso para fora e assumi ter redescoberto meu gosto literário, vamos falar um pouco sobre esse livro.
Minha percepção de Um cavalheiro a Bordo
Um cavalheiro a bordo é o 3º livro da série Os Rokesbys da Julia Quinn. Esse livro é o meu favorito e considero o casal mais encantador até agora.
Tem a MELHOR cena romântica que eu já li!
Os diálogos irônicos e inteligentes não ficam para trás.
Um ponto que gostei nos livros da autora é que todas as protagonistas estão a frente do seu tempo em comportamentos que na época eram considerados apenas de homens. Aqui neste livro não é diferente – a Poppy tem alguns pontos fortes como autenticidade, ousadia, espírito de aventura, inteligência e coragem.
Não vou mentir, o livro não é perfeito. Tenho uma ressalva, mas falo dela mais pra frente.
Um pouco mais sobre esse romance
No livro conhecemos o romance do irmão do meio, Andrew James Rokesby, e Poppy Bridgerton, de longe minha personagem favorita da Julia Quinn.
A história já começa nos mostrando que a protagonista é uma mulher aventureira e esperta. Poppy está passando um período visitando uma amiga quando dá um “golpe” na sua dama de companhia para poder caminhar na praia sozinha.
Nesse passeio, ela descobre uma caverna e, curiosa, decide entrar, encontrando várias caixas. Mal dá tempo de espiar o que tem dentro quando é flagrada por dois piratas – que a sequestram e a levam escondida para o navio… mais precisamente para o quarto do capitão.
Já de início percebemos que o capitão é um homem irônico, honrado e cavalheiro, o que não é típico de piratas ou, melhor dizendo, contrabandistas – como eles preferem ser chamados. Porém ele tem segredos guardados da tripulação.
Nós, leitores, logo ficamos sabendo dos dois segredos.
Primeiro, ele é um “informante” secreto da monarquia, e, segundo, ele é de uma família rica, os Rokesby. Mas em nenhum momento ele se identifica para ela, ainda mais quando descobre que seu sobrenome é Bridgerton e que ela é prima da Billie (sua cunhada e A Dama fora dos padrões do primeiro livro). Tanto ela quanto a tripulação o conhecem apenas como Capitão Andrew.
Ele fica dividido entre soltá-la ou levá-la com eles na missão, mas acaba optando pela segunda opção porque não quer correr o risco que a caverna seja descoberta por outras pessoas.
Achei muito legal que ele é transparente com ela sobre isso e avisou que depois da viagem de 14 dias ele a soltaria no mesmo lugar. Além disso, ele promete que ela não correrá perigo desde que fique dentro da cabine, pois os homens do barco podem ser perigosos, uma vez que acreditam que levar uma mulher a bordo traz má sorte.
Considero ele um cavalheiro não somente por como a trata, mas também por demonstrar que sabe que, se algo der errado, ele talvez tenha que casar com ela para que ela não fique mal falada. Além disso, também pela forma como ele trata os seus tripulantes com dignidade e respeito, o que é raro nessa profissão.
Metade do livro se passa dentro do quarto do capitão e esse ponto é onde entra minha ressalva.
Embora os diálogos entre eles sejam ótimos e foi isso que os aproximou bastante, achei que foi enrolado demais. Não tem necessidade de ter ficado tanto tempo ali só na conversa entre eles dois e os raros papos entre ela e o Billy (um garoto de 13 anos que é ajudante de cozinha que a leva comida todos os dias).
Quero ressaltar que, entre as conversas, a autora colocou muitas questões sobre a Poppy não ter a liberdade de se aventurar, de estudar, entre outras coisas que gostaria de fazer, só pelo fato de ser mulher. Gosto quando tem leves pontos de feminismo nos livros de época.
Voltando para a história, duas atitudes do capitão Andrew fizeram com que ele ganhasse meu coração:
👉 Ao perceber o tédio dela de ficar trancafiada em um quarto, ele a levou durante a noite ao convés para que pudesse ter a experiência de olhar as estrelas e respirar o ar puro do oceano. Foi lindo, sério, emocionante!
👉 Ao chegar ao destino, ele acordou cedo, resolveu sua missão e voltou para buscá-la para passear por Lisboa, assim ela poderia conhecer um pouco mais do mundo, visto que dificilmente ela poderia fazer algo assim quando voltasse para sua vida normal.
Claro que nessa última parte acontecem imprevistos, mas não darei spoilers.
O que posso contar é que, além da aventura e romance incríveis, nesse terceiro livro da série aparecem alguns personagens queridos dos livros anteriores. Isso aqueceu meu coração. Sabe aquele sentimento de empolgação? Pois é, eu nem sabia que tinha saudades, mas quando li alguns nomes fiquei toda empolgada e feliz.
Para mim, a nota do livro fica em 4 estrelas. Apesar de enrolar um pouco até metade, recomendo a leitura pois é divertido, leve e romântico.
Sobre a série Os Rokesby
Os outros volumes da série Os Rokesby são:
- Uma Dama Fora dos Padrões
- Um Marido de Faz de Conta
- Um Cavalheiro a Bordo
- Uma Noiva Rebelde
Todos já estão publicados no Brasil. No total, são mais de 35 livros da Julia Quinn traduzidos e lançados pela Editora Arqueiro.
Se você já leu esse livro ou os outros dela, comenta aqui o que você achou 🙂
Sinopse de Um cavalheiro a bordo
Série: Os Rokesbys #3
Páginas: 288
Lançamento original: 2018
Nome original: The Other Miss Bridgerton
Sinopse: Ela estava no lugar errado…
Durante um passeio pela costa, a independente e aventureira Poppy Bridgerton fica agradavelmente surpresa ao descobrir um esconderijo de contrabandistas dentro de uma caverna.
Mas seu deleite se transforma em desespero quando dois piratas a sequestram e a levam a bordo de seu navio, deixando-a amarrada e amordaçada na cama do capitão.
Ele a encontrou na hora errada…
Conhecido entre a alta sociedade como um cafajeste e um corsário inconsequente, o capitão Andrew James Rokesby na verdade transporta bens e documentos para o governo britânico.
No meio de uma viagem, ele fica assombrado ao encontrar uma mulher na sua cabine. Sem dúvida sua imaginação está lhe pregando peças. Mas, não, ela é bastante real – e sua missão para com a Coroa o deixa preso a ela.
Será que dois erros podem acabar no acerto mais maravilhoso de todos? Quando Andrew descobre que Poppy é uma Bridgerton, entende que provavelmente terá que se casar com ela para evitar um escândalo.
Em alto-mar, as disputas verbais entre os dois logo dão lugar a uma inebriante paixão. Mas depois que o segredo de Andrew for revelado, será que ele conseguirá conquistar o coração dela?